Rafael Melo (PSOL) apresenta sua proposta para São José

Rafael Melo (PSOL), professor de educação física da rede municipal de ensino de São José é candidato pela segunda vez a prefeito no município. 
O Blog conversou com ele a respeito das perspectivas para o pleito e para um futuro governo.
O candidato elaborou um programa que está disponível aqui.


Primeiramente o que mudou de 2012 para cá e quais as suas motivações para ser prefeito de São José?


Bom, em 2012 a candidatura saiu de um grupo pequeno, ligado ao movimento de jovens que não se sentiu representado nas candidaturas que estavam se colocando. Naquele momento, Djalma Berger e Adeliana Dal Pont. Acreditávamos que os dois representavam o mesmo projeto político, campanhas milionárias e pouca vontade de efetuar uma mudança real. 
De lá para cá pouca coisa mudou, o PT se tornou ainda mais desacreditado, a Prefeita e o Vice concorrem como se fossem coisas diferentes, os candidatos do PDT e PSDB também já tiveram relação com esse governo. 

Em 2012, tivemos apenas quatro candidatos, em 2016 temos seis, como o PSOL pode conseguir espaço nesse pleito?

Nós aumentamos muito nossa base de apoio, diversos movimentos sindicais, lideranças da USJ, de grupos de jovens aderiram ao nosso projeto, isso fez com que aumentássemos o número de candidatos a vereador. 
Hoje temos 9 excelentes candidatos, de diferentes correntes da sociedade, que querem fazer um governo popular. 

No programa do PSOL, existe uma ênfase na radicalização da democracia, o que seria isso?

Fortalecer os conselhos e as conferências públicas. Os Conselhos precisam ser deliberativos e terem um orçamento para operar, conselhos que não possuem a infraestrutura mínima acabam não mantendo as pessoas engajadas por muito tempo, isso precisa mudar. 
Por outro lado as deliberações dos conselhos precisam ser levadas em frente pela prefeitura, o que geralmente não acontece. Além disso, orçamento para a saúde, educação e assistência social, por exemplo, já existe, o que precisa é qualificar o gasto a partir da participação popular. 
Com relação aos servidores, precisamos valorizar o servidor público no nível de plano de carreiras, mas também como prioridade nos cargos de decisão do governo, isso irá permitir que as pessoas que tem contato com a população sejam mais ouvidas, respeitadas e atendidas, incorporando inovações na gestão.

A valorização do servidor público é um ponto forte no programa do PSOL, assim como investimentos na área da saúde, mobilidade urbana e educação, como fechar essa conta?

O servidor público capacitado é aquele que vai ajudar a moldar e executar todas as ações nas áreas estratégicas do governo, então, isso é investimento. 
Por outro lado a estrutura do governo municipal tem muitos cargos comissionados e sobreposições de função, por exemplo na USJ, tem a presidente da Fundação Municipal de Educação, o Reitor, isso deveria ser uma coisa só. 
Secretaria de Projetos Especiais também não precisaria ter esse status. 
Nós temos a Secretaria de Finanças, de Receita e de Planejamento orçamentário, todas com secretários adjuntos,  não faz sentido, ou seja, é qualificar a máquina e não reduzi-la. 

Quais seriam as suas considerações finais?

São José é uma cidade grande e precisa pensar grande, a participação popular é a única coisa que pode fazer a real mudança, qualificando os serviços públicos e fazendo mudanças radicais na forma de gestão. 
A campanha de 45 dias é um desafio, os candidatos com a máquina pública na mão vão tentar fazer a velha política de trocar favores para que façam um governo sem interferência da população, esse modelo já faliu e as pessoas estão percebendo isso. 
Por isso, com um projeto sólido para a sociedade vamos convencer a população de que é possível mudar o futuro de forma positiva.

Leia mais: Cinco candidatos a prefeito
                 Uma conversa com Fernando Anselmo
                 Como votar para vereador

Comentários

Soleducador disse…
Com certeza é o melhor candidato e é necessário que que São José vote num prefeito que fomente democracia participativa. Meu voto é 50

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