Uma conversa com o candidato Fernando Anselmo
Fernando Anselmo (PDT) |
O blog Pensarsaojose, começa com essa entrevista uma série para conhecer os candidatos(a) prefeito de São José.
O objetivo é esclarecer a população para que ela possa tomar a melhor decisão na hora do voto e durante o mandato.
O primeiro a ser ouvido foi o candidato Fernando Anselmo (PDT), que tem como vice Francisco Assis Medeiros (PPS).
A primeira questão é sobre a motivação de ser prefeito.
Desde que saí do PMDB em março de 2015, eu buscava um projeto político que representasse uma mudança para a cidade, e isso só poderia acontecer com uma nova forma de fazer política, que não se baseasse em apadrinhamentos políticos e loteamento de cargos em primeiro lugar e nas necessidades da população depois.
O PMDB não poderia ser essa mudança?
O partido teve todas as chances, mas não quis pensar no longo prazo, na cidade e nas pessoas, a legenda que elegeu seis vereadores aceitou negociar individualmente cargos no governo da prefeita Adeliana e isso, ao meu ver, acabou com a esperança de que o partido pudesse fazer algo de diferente para a cidade, ou seja, uma gestão que deixasse um legado positivo para o futuro, conectado com o nosso tempo.
E por que a gestão Adeliana não foi satisfatória?
Ela fez três anos de governo com secretários apartados dos reais problemas da cidade, que pouco conheciam a população, o que gerou uma séria crise de governabilidade. Quando ela percebeu isso, aceitou lotear as secretarias entre vereadores eleitos, que também tinham o compromisso pessoal acima de tudo. O resto foi natural, esses mesmos secretários se voltaram contra ela no prazo final.
O blog questiona o fato do candidato a vice na chapa, Francisco Assis (PPS), ter sido secretário da prefeita até 2015.
O Francisco saiu por princípios, porque a prefeita fazia concessões para governar que ele não concordava, pelo mesmo motivo que eu saí do PMDB.
E como governar sem essas concessões, caso eleito?
Primeiro, acredito que vamos ter vereadores comprometidos com o povo acima de tudo em 2017, isso permite que se governe a partir de uma agenda comum, sem necessidade de lotear a máquina pública para isso.
Segundo é chamar a população para o governo, com transparência e diálogo, mas com ações como o Orçamento Participativo, que será uma forma de os cidadãos escolherem as prioridades para o seu bairro e a prefeitura executar, os vereadores não podem ir contra a vontade da população.
E o que a chapa do PDT apresenta de novo?
Primeiro nós temos 29 candidatos a vereador, altamente capacitados e bem intencionados, que estão conosco por convicção pessoal e isso os credencia a exercer um mandato com a lisura que a cidade precisa.
Segundo temos eu e o Francisco, que iremos extinguir 400 cargos comissionados, gerando economia de 20 milhões anualmente para a prefeitura. Esse valor será destinado ao Orçamento participativo, no qual os bairros irão decidir qual é o melhor destino para o recurso. Isso é a democracia que a cidade precisa. Chega do estigma de cidade dormitório, as pessoas precisam ter a preocupação com a cidade e receber o respaldo do poder público em contrapartida.
Como competir com candidatos que possuem a máquina municipal nas mãos, como prefeita Adeliana (PSD) e vice José Natal Pereira (PMDB)?
Eu tenho que inovar, o facebook é uma ferramenta sensacional, tenho feito transmissões ao vivo e sou sabatinado por pessoas da cidade. Isso é muito desafiador e gratificante. Por outro lado é gastar sola de sapato, o que eu tenho para oferecer é algo novo, os candidatos que estão ocupando cargos na prefeitura tiveram a oportunidade de fazer, quem estiver satisfeito com eles, que vote neles, se não, o voto na minha candidatura é a melhor opção.
Alguma consideração final?
Eu estou me candidatando porque acredito que São José pode renovar e ir além, é uma cidade que possui um orçamento de aproximadamente 500 milhões ano, que poderia ter uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que poderia contratar exames de média e alta complexidade, aumentar o aporte nas entidades filantrópicas e diminuir as filas nas creches, mas se não fizermos uma opção política diferente, isso não vai acontecer, essa opção sou eu Fernando Anselmo e o PDT.
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