Grande Florianópolis em Movimento?



O que nós precisamos para nos mover?
      O trânsito na região metropolitana da Grande Florianópolis já se tornou uma tragédia. Os acidentes são constantes, mas o tempo de vida que cada cidadão doa para o engarrafamento é o ponto mais mórbido da situação.
       Mesmo que óbvio (talvez até para uma criança) não seria possível resolver o problema do trânsito agindo em apenas uma cidade. Sim! As pessoas moram em São José, Palhoça, Biguaçu, etc e trabalham em Florianópolis, e vice-versa. Portanto, uma ação conjunta é única forma de combater o problema da mobilidade urbana.
    O Secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana buscou reunir os treze municípios da Grande Florianópolis para pensar soluções de mobilidade para o longo prazo, formando o Comitê de Gestão Integrada de Mobilidade Urbana da Grande Florianópolis.
   
 O governo do estado já conta com um financiamento pré-aprovado do BNDES para melhorias na mobilidade urbana, porém o que deve ser feito?
   
   Uma pesquisa será realizada por uma empresa, que foi contratada através do órgão SC Par, essa pesquisa servirá de base para a formulação de um Plano Diretor de Mobilidade Urbana da Grande Florianópolis. 
       Esse plano deverá definir as ações prioritárias de curto, médio e longo prazo, para todos os municípios que compõem a SDR da Grande Florianópolis.

No papel as ideias parecem bastante promissoras, mas falar de políticas integradas de longo prazo nunca foi simples nem fácil, infelizmente.

As pedras do caminho
      Os problemas começam no engajamento dos municípios, na última reunião (22/04/13) apenas 6, dos 13 municípios encaminharam representantes (Florianópolis, Palhoça, São José, Biguaçu, Santo Amaro e Águas Mornas).
      Conforme o Secretário Renato Hinning a pessoa jurídica formada por todos os municípios seria um grande avanço, porque esse consórcio composto por todos facilitaria a negociação e o acesso ao crédito com os órgãos estaduais, federais e privados.
   Mesmo sem essa figura jurídica mais ampla, um decreto que cria o comitê e suas comissões será sancionado e os trabalhos começarão.
     Ainda que com boa vontade é difícil não pensar que iniciativas como essa tenham um cunho eleitoral. Holofotes, expectativa, envolvimento da sociedade civil, o prazo de um ano para apresentar as metas, ou seja, os resultados coincidirão com o período pré-eleitoral.
     Por fim, o planejamento de longo prazo, o envolvimento dos municípios e da sociedade civil são fundamentais para o sucesso desta empreitada, como ressaltou Hinning, porém as disputas políticas podem fazer com que o planejamento pare num engarrafamento sem fim.



Comentários

Anônimo disse…
Caro Ivan, os 13 prefeitos da grande Florianópolis aderiram a este convênio. Os prefeitos atuais. E este estudo terá um caráter de longo prazo, SIM! A coincidencia do termino dos estudos com o prazo eleitoral realmente e uma casualidade, e espero que não atrapalhe o resultado. Até porque nos municípios, não haverá eleição agora.
Ivan disse…
Bom, no ficamos felizes que os municípios tenham aderido a este plano, acredito que o pensamento e a ação de longo prazo são a solução para os ENORMES problemas de mobilidade urbana que nos afetam diariamente. Como já foi demonstrado nas ruas a sociedade civil espera que essas ações sejam tomadas. Ressalto que é positiva a iniciativa do Secretário.

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