Imobilidade de São José - Como resolver?

Não se criam palavras e termos à toa. Se nunca tivéssemos inventado o carro e automóveis, não íamos falar de rodovias, autoestradas, estacionamentos.    Se nunca tivéssemos errado ao planejar a cidade, priorizando o carro em detrimento de outras formas de locomoção, se as cidades não tivessem crescido tanto, enfim se uma série de fatores não tivessem ocorrido nós não estaríamos falando de Mobilidade Urbana.
   Se nossos políticos, de forma geral, não tivessem priorizado o pensamento eleitoral, "de quatro em quatro anos" talvez nós não tivéssemos inventado a expressão "Mobilidade Urbana".
   Renato Hinning parece estar sendo o grande entusiasta de uma mudança difícil, que é o planejamento de longo prazo e integrado da região metropolitana, algo que esperamos que seja continuado pelo vereador eleito Clonny Capistrano, atual Secretário de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis. Isso é necessário para que possamos superar o atraso de planejamento e ação que nos levou a chegar no calamidade que é a imobilidade urbana na Grande Florianópolis.

Conforme o Deputado:
"Os prefeitos precisam estar unidos nesta causa e agir em conjunto nas demandas metropolitanas. Precisam, também, participar mais ativamente das discussões. "

   Em São José, temos uma sentença judicial obrigando a cidade a fazer uma licitação para fazer a concessão de empresas que prestarão o serviço de transporte coletivo.
   Mas, conforme a Secretária Andréa Pacheco, de Secretaria de Segurança, Defesa Social e Trânsito de São José, o executivo não dispõe de nenhuma planilha de custos das empresas. 
   Além disso, ela afirma que várias rotas intermunicipais se sobrepõem a rotas municipais, o que dificulta fazer uma licitação eficiente apenas para o município. 
    Para piorar, o estudo contratado, que faria o diagnóstico do transporte coletivo, pela antiga gestão ficou sem pagamento, agora, conforme a Secretária mesmo com as contas em dia a empresa não apresenta um trabalho que condiz com os termos da contratação. 

A melhor opção conforme a Secretária é aguardar que o estudo feito pelo Governo do Estado, contratado através da SCPar, que está estimado em R$12 milhões e contemplará todos os municípios da Grande Florianopólis, tratando de uma forma mais abrangente, incluindo a ocupação do solo, aspectos geográficos etc. O estudo deverá ficar pronto o ano que vem. 

   Esse estudo será disponibilizado para os municípios e poderá ser usado para fazer um termo de referência mais adequado para uma licitação de transporte coletivo, prevendo um planejamento que integre diferentes modais, com base em um plano diretor, local e regional. 
   Não é uma situação fácil, existe uma lei inconstitucional, uma concessão irregular e ao mesmo tempo a necessidade de se planejar de acordo com as necessidades atuais. 

A Câmara e o executivo precisam se unir e chamar a população para esse debate, com dados concretos, tratando de assuntos que condizem com o problema e com a legislação vigente. 


Não adianta ter pressa para ficarmos na fila.

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