Vereador Fantoche?

A questão do "mistura" entre os poderes executivo e legislativo é uma prática polêmica. 
Os legisladores são eleitos com um foco. 
Normalmente eles prometem dar ouvidos a população de determinados bairros, ou de determinados segmentos da sociedade e cobrar ações do executivo. Essa é a legitimidade do vereador, deputado, senador. 
Quando ele passa para o executivo, significa que ele deve ser cobrado por outra pessoa. 
No nosso sistema político, ele é teoricamente cobrado por um suplente, alguém do mesmo partido ou coligação que é o próximo na lista de mais votados. 

Contudo as práticas em São José são de que o Vereador Eleito tem o "direito" de manter a equipe. Ou seja, os cinco assessores pagos pelo dinheiro público são do vereador eleito e não podem ser indicados pelo suplente. O que isso quer dizer?

    O vereador eleito que assume o executivo se beneficia da máquina pública duas vezes, forma sua equipe no executivo e mantém sua equipe no legislativo, além disso ele dificulta a possibilidade de um bom trabalho isento para o vereador suplente, desmoralizando todo o processo democrático. 
    Essa é mais uma prática que deve ser mudada é uma questão cultural mais do que legal, porque os cargos são de livre nomeação e a lei não irá determinar quem de fato está nomeando. 

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