São José, entre a continuidade e a mudança

O município de São José é marcado pela apatia política de seus cidadãos.

Desde o começo da abertura democrática o município é marcado por movimentos de mudança que pouco tem a ver com as necessidades da população.

No começo dos anos noventa uma vertente do governo Municipal era favorável à emancipação do Distrito de Barreiros. 
Dessa forma se criaria um novo município pobre e os distritos de Campinas e Sede continuariam com o loteamento das regiões mais populosas e desenvolvidas e dariam poder político a uma crescente área do município, que contudo, continuava carente de infraestrutura urbana.
A mudança era oferecida, mas o que se desejava era a continuidade do poder.
Novos atores políticos surgiram, que sobrepuseram as velhas oligarquias.

A operação tapete preto pretendia asfaltar todas as ruas do município. O asfalto virou símbolo de inclusão social. De fato, as obras por todo o município deram aos Berger dezesseis anos de poder no município.

Depois de serem superados pelas lacunas deixadas na saúde e na infraestrutura urbana,quem volta ao poder?
Um grupo político apoiado pelas antigas famílias que governaram São José por longos períodos antes da chegada do grupo de Bom Retiro.
Durante esse tempo São José se tornou o quarto município mais populoso do Estado, tendo como marca a ausência de planejamento urbano.
O concreto toma conta sem deixar espaço para a natureza e para a qualidade de vida. Os que estão no poder se aproveitam do crescimento para continuar o loteamento da cidade.

São José era divida em fazendas, depois em loteamentos, agora em aglomerados urbanos.O Plano Diretor é de 1985 o código de obras é de 1948.

Comentários

Cristhian disse…
De fato o município cresce demais e sem muito, para não dizer nenhum, planejamento. Por onde quer que andemos percebemos prédios sendo levantados e galpões sendo construídos. Há pequenas e grandes obras para todos os lados. Citando potecas, por exemplo, há vários loteamentos novos saindo e não percebo nenhum movimento no sentido de se melhorar a estrutura do bairro. A estrada geral de potecas é antiga, mas por agora, da conta do trânsito. Entretanto pensando daqui alguns anos, com mais vários milhares de pessoas a mais morando no bairro, aquela via com certeza terá um trânsito similar ao da Rua Luiz Fagundes (que dá acesso ao túnel de forquilinhas) nos horários de pico. Assim como esse exemplo, temos vários outros. Quem perde somos nós que temos nossa qualidade de vida cada vez pior.
Ivan disse…
Exatamente Cristhian, o crescimento urbano é ordenado unicamente pelo ganho a curto prazo de empreiteiras, do governo, sem pensar no bem estar da população no longo prazo.
Os casos que você citou são emblemáticos e de curto prazo, há cinco anos atrás o problema da forquilhinhas praticamente não existia, hoje é um verdadeiro caos, maltratando a comunidade diariamente. A tendência é que essas questões fiquem cada vez piores se o crescimento urbano não for parado e repensado em favor dos interesses da população, visando um tempo mais longo que um mandato eleitoral.

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