Entrevista de Adeliana e Rafael - 01/10


Graças ao apoio de todos(Galera do Futebol de Domingo- que não pode morrer), eu me senti na obrigação de ir na conversa com os candidatos a prefeito de São José, hoje (01/10 -19:00h) na AEMFLO-CDL, Leoberto Leal. (Agradeço ao Richard Valentini que foi comigo).

O plano era filmar e fotografar, mas os equipamentos não colaboraram (ainda tenho esperança de pegar as imagens com a TV CÂMARA). De qualquer forma fomos até o fim e conseguimos entrevistar Adeliana Dal Pont e Rafael Melo.

Na verdade a proposta era que os candidatos respondessem perguntas levantadas pela entidade empresarial. Evento muito bem montado, dou os meus parabéns a entidade pela iniciativa. O evento era aberto a todos eu soube ontem à noite, se não teria convidado mais pessoas. Enfim, anotei bastante coisa.

Hoje posto a entrevista, amanhã mais comentários sobre o que ocorreu nessa noite.

Entrevista com a candidata Adeliana Dal Pont.

Ivan: Até o dia 28 ainda não havia nenhuma pesquisa eleitoral, eu por exemplo não sabia quem realmente estava na frente nas pesquisas. A Sra. sabia do alto índice de intenção de voto da sua candidatura?

Adeliana: Sim, eu já estava caminhando pelas comunidades e percebia o descontentamento da população, além disso, pesquisas internas do partido apontavam para isso.

Ivan: Bom, o alto índice de aprovação de sua campanha conforme a pesquisa advém do descontentamento das pessoas na área da saúde, porém essa é uma área complexa, que necessita de repasses do governo federal e uma sintonia com outros municípios, além do Estado.

Adeliana: De fato, a saúde no município está muito ruim, e pode melhorar muito, os recursos existem, o fundo municipal de saúde, que reúne os recursos externos e do município é suficiente para atender as demandas e honrar as minhas propostas. Faltou uma gestão eficiente na área da saúde. Nesta gestão, eu não participei do Conselho Municipal de Saúde, porque já tinha sido secretária da saúde por muito tempo. Este órgão, que é paritário com representação da sociedade, executivo e servidores da pasta é elementar para a gestão, porém não creio que ele tenha sido utilizado devidamente.

Ivan: Certo, candidata, muitos dos vereadores que compõe a sua coligação já participaram da gestão dos prefeitos Dário, Fernando Elias e Djalma Berger, como fazer uma gestão técnica como a senhora propõe, sendo que as pessoas provavelmente serão as mesmas?

Adeliana: Eu deixei bem claro a minha posição no partido, os vereadores eleitos ajudaram o governo na câmara...

Ivan: Sim, mas nós sabemos que a pratica comum da política é que alguns vereadores eleitos assumam algumas secretarias, como ficará o critério técnico?

Adeliana: Essa é uma posição firme minha, se o governo for bom é possível governar com pessoas técnicas nas principais pastas, além disso existem pessoas qualificadas no quadro da coligação.

Entrevista com Rafael Melo
Ivan: Rafael, as pesquisas mostraram que você tem uma intenção de votos surpreendente, para um partido novato na cidade e com escassos recursos. A que você atribui esse bom desempenho?

Rafael: A candidatura representa uma proposta nova de política de verdade, de longo prazo, e não uma política que promete pequenas coisas sem apresentar uma solução para o problema. O nosso plano político foi todo pautado nessa ideia de resolver os problemas com o envolvimento popular e com o planejamento de uma cidade/sociedade de longo prazo.

Ivan: Mesmo com o desempenho excelente da sua campanha é provável que você não seja eleito e talvez a coligação não consiga nem mesmo eleger um vereador, o que fica depois do dia 7 de outubro?

Rafael: O projeto continua, nós utilizaremos de base para cobrar da nova gestão as demandas que percebemos que boa parte da população possui, nós iremos conversar com todos os apoiadores e pessoas que aderiram a nossa ideia. Isso nos fortaleceu, tanto para a cobrança de melhorias, quanto para a disputa das próximas eleições.

Ivan: O PSOL está com uma boa visibilidade nacional, a exemplo do deputado Marcelo Freixo e do Candidato a Prefeito de Belém, esse crescimento pode levar a uma série de coligações que desfiguram o partido, a exemplo do PT. Qual sua opinião?

Rafael: O PSOL tem critérios rigorosos para se coligar, a princípio só nos coligamos com partidos de esquerda, como PSTU e PCB. Mas poderíamos nos aliar ao PT em determinados casos, se este não estivesse coligado com o PMDB de Djalma Berger, por exemplo, o vereador Battistti é um exemplo de parceria que o PSOL poderia vir a ter.

Rafael: A e quero deixar claro que eu não aceitarei nenhum cargo no governo da Adeliana, porque isso também vai contra o nosso ideal e o nosso projeto político.

Comentários

Anônimo disse…
Políticos precisam e gostam de votos. Quanto mais agressivo e manipulado por outros interesses financeiros for o político, mais propostas, mais tempo no horário político e mais pontos na pesquisa ele terá. Mais chances de ganhar ele também terá, pois esse é o modelo político que nos acostumamos a ver pela história brasileira. Ainda temos a sensação que o bom político será o bom empresário, ágil na tomada de decisão e com foco em resultados estratégicos de desenvolvimento. Contudo ao fecharmos nosso campo de pensamento e raciocínio, e uma abordagem tão comercial e pouco técnica, corremos um grande risco de colocarmos no poder, apenas chupins desisteressados com a causa social e sustentável. A administração pública não é brinquedo de interesses ou vaidades, e não pode ser mal interpretada. Percebo o mal que forças extremamente capitalistas fazem à nossa natureza. Percebo como as forças vermelhas, manipulam a mídia, e criam elos de assistencialismo, corrosivos para a saúde monetária do país. Por isso vejo também que a força da internet contribui para fazer oposição à toda a homogeniedade de pensamento. Criar força de contestação em todos os meios é visão de futuro para a república democrática. Não há mananeira de evoluir sem transições. Espero que a participação de partidos como o PSOL, aumentem e contribuem em pé de igualdades entre as idéias e ações, e que a partir dessas eleições os votantes acompanhem de perto, os mandados de seus eleitos ou dos que foram mais com a cara, para ter representação nas esferas públicas de poder. Honestidade e participação já!

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