Renovar para quê?

“Time que está ganhando não se mexe”, ditado popular que reafirma - nem sempre a mudança é necessária.


    Bom, a princípio a mudança não é boa por si só, essa é uma afirmação óbvia e até idiota.
    Na democracia representativa, nosso sistema de governo, a mudança só faz sentido se os governantes e legisladores não estão nos representando de forma satisfatória.

Quem avalia isso? O povo.

    Na prática o momento de cobrar a conta não deveria ser apenas a urna (eleições). Pelo contrário, a Constituição de 1988 assim como o Estatuto das Cidades, possuem diversos mecanismos para a gestão participativa, ou seja, através de audiências públicas, conselhos municipais, etc. 
   Estes mecanismos previstos em lei não são colocados em prática de forma automática, pelo contrário. Os governos não tem interesse em dividir o poder com a população, isso engessa a administração.
   Por outro lado isso poderia trazer o benefício de impedir erros na aplicação de recursos e desgaste político.
   Em São José, vivemos nas últimas eleições renovações na chefia do executivo, porque as administrações não foram consideradas satisfatórias, na verdade foram consideradas péssimas de acordo com as urnas.

Contudo a câmara de vereadores não foi renovada, conforme post anterior.

      O que isso quer dizer?
    O eleitor associa os erros à personalidade do gestor e isenta os legisladores da responsabilidade. Bom, sabemos que os vereadores, fiscalizam, aprovam e propõe leis para o executivo, isentá-los dos erros de uma má gestão não faz sentido.
    Por outro lado, a imagem dos vereadores não é exposta as demandas sociais como deveria, dessa forma a cobrança durante o mandato e as propostas durante a campanha são sub-avaliadas, para dizer o mínimo.
    Essa é a realidade de São José, se não concordamos com a gestão deveríamos ter trocado também a câmara que atuou durante a gestão.
   Os josefenses trocaram o voto por benesses imediatistas, consciente ou inconscientemente.

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