O Combate ao Câncer Polêmico de São José


Causa Nobre e Fatos Polêmicos.

     O dia 23 de novembro é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil.

    Essa é uma causa nobre, sem dúvida. o câncer é por si só uma doença que debilita a pessoa em todos os aspectos. Em uma criança, que tem a promessa de futuro como motor principal da família, as perspectivas são ainda mais tristes.
   Em São José, uma iniciativa bastante interessante tomou corpo nos últimos tempos. Algumas famílias, que tiveram casos de doença nos filhos decidiram criar uma associação para viabilizar a construção de um hospital oncológico pediátrico.
    Partindo de uma ideia e uma vontade de melhorar a situação das famílias que passam por situações semelhantes, a associação mobilizou a sociedade, realizou eventos como shows, bingos e bazares.
   Essas ações foram o pontapé inicial, que trouxe visibilidade e alguns recursos para a associação, a qual foi declarada de utilidade pública para o município em 2010, conforme Lei Ordinária 4986/2010.

     A segunda etapa foi pleitear um local para a construção do Hospital junto à prefeitura, essa demanda foi acolhida e o projeto de Lei foi aprovado em novembro de 2011.
     A filantropia pareceu voar em período pré-eleitoral, o Prefeito Djalma Berger encaminhou o projeto de lei para aprovação da Câmara em caráter de urgência. A assinatura do projeto de lei foi uma das atividades comemorativas aos 261 anos de São José.
    O legislativo também foi ágil e rapidamente a Fundação Hospitalar Oncológica Pediátrica de Santa Catarina (FHOPSC) tinha nas mãos o terreno de áreas totais de 4.200m² e 1.355,19m², podendo fazer usufruto da área para a construção do Hospital por 20 anos.
   No entanto, a mesma lei (5150/2011) em seu Art. 3º, afirma que a Fundação terá o prazo improrrogável de 01 (um) ano para iniciar as obras, sendo que o não cumprimento deste prazo acarretará na rescisão imediata da autorização.

A POLÍTICA LOCAL E A FHOPSC.

   Houve a solenidade de assinatura do Projeto de Lei de doação em 2011. Em 2012 no dia 23 de junho, a FHOPSC realizou o lançamento da pedra fundamental para a construção do Hospital, já na localidade do terreno cedido, o evento contou com a presença do Prefeito, vereadores e o Presidente da FHOPSC. Na ocasião a previsão era de que as obras começassem até dezembro de 2012.hospedagem de site grátis
   Nas eleições de 2012 o presidente da associação, Ademir Silveirahospedagem de site grátis, se licenciou da função para concorrer ao cargo de vereador, pelo mesmo partido do prefeito, utilizando o apelido de Ademir do Hospital. Como candidato, Ademir fez 1749 votos, assumindo a 6ª suplência do PMDB.
     O Prefeito não foi reeleito e atualmente, no dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil não é possível ver nada além de um terreno cercado, com uma pedra fundamental que se torna cada vez mais risível.
   O prazo para início das obras está se esgotando e a promessa de esperança para as crianças parece ter sido mais uma peça da nossa politica josefense.

OS OBJETIVOS DO HOSPITAL E UMA POLÊMICA.

O que vai pretende oferecer:
·         ambulatório multidisciplinar, com médicos, dentistas, psicológicos e professores para crianças que precisarem se ausentar da escola em tratamento.
·         Centro cirúrgico para transplante de medula óssea e UTI.
·         Quimioterapia ambulatorial.
·         De 30 a 50 leitos.
·         Laboratório.
·         Centro de estudos em genética do câncer.
·         Setor de diagnóstico por imagem.

Até onde ele é necessário?
   A especialidade do hospital será o tratamento do câncer de crianças e adolescentes com internações, atendimentos e orientações à comunidade. Entre os objetivos estão o de tornar-se referência no transplante de medula óssea.
   Para profissionais que trabalham na área, outro modelo de hospital em São José poderia melhorar a questão do atendimento à infância no município:
– São José não tem um leito pediátrico. O Hospital Infantil recebe muitos pacientes vindos de lá. Seria mais útil um hospital que atendesse às crianças como um todo – avalia Lucia Regina Schultz, gerente técnica do Joana de Gusmão.
    A médica Denise Bousfield da Silva, do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Infantil e presidente da Sociedade Catarinense de Pediatria, considera que se fosse para abrir um hospital nessa área, a obra deveria ocorrer no Oeste.
– Todos os casos que nos chegam são atendidos. Para as famílias vindas de longe o tratamento é mais difícil – diz a médica.

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