Quando morar é um privilégio - SJ
Quando morar é um privilégio
Fonte: http://www.cotidiano.ufsc.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2296%3Aqocupacao-contestadoq-quando-morar-e-um-privilegio&catid=42%3Areportagem&Itemid=62
Grupo tem apoio do MST, das Brigadas Populares e de estudantes da UFSC
Texto e foto: Pâmela Carbonari (
pamelacarbonari@gmail.com )
Áudio: Daniel Giovanaz (
daniel.giovanaz@gmail.com )
Após serem despejadas de suas casas no início do mês passado, 150 famílias estão ocupando, desde quarta-feira (dia 7), um terreno na Rua Eduardo Manoel da Rosa, próximo ao Ginásio Municipal do Jardim Zanelatto, em São José. Desde a madrugada de quarta-feira, elas trabalham juntamente com voluntários da UFSC, do MST e da organização Brigadas Populares na construção de barracos com lona e madeira.
No dia 3 de outubro, o atual prefeito e na época candidato à
reeleição, Djalma Berger, incentivou o grupo a ocupar um terreno
pertencente à Imobiliária Suvec Ltda. na Avenida das Torres, também em
São José. Em seu discurso, Djalma Berger afirmou que a desapropriação
daquele espaço dependia do comprometimento das famílias com a sua
candidatura e a dos vereadores da sua coligação.
Confira o documentário “A casa que o prefeito deu pra nós” em que o prefeito sustenta a promessa com a assinatura simbólica do Decreto 37.180/2012 de 21 de setembro de 2012.
Confira o documentário “A casa que o prefeito deu pra nós” em que o prefeito sustenta a promessa com a assinatura simbólica do Decreto 37.180/2012 de 21 de setembro de 2012.
No
dia seguinte, as famílias construíram barracos no local e houve um
comício em que o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, esteve
presente e reforçou a promessa de seu irmão Djalma.
No dia 5 de outubro, uma ordem judicial determinou que os assentados deixassem o local em uma hora. A ação de derrubada dos barracos foi acompanhada por policiais do Batalhão de Choque e da Cavalaria. Após a desocupação do local, as famílias ficaram acampadas até a noite do dia 6 de novembro no Ginásio Municipal da cidade.
No dia 5 de outubro, uma ordem judicial determinou que os assentados deixassem o local em uma hora. A ação de derrubada dos barracos foi acompanhada por policiais do Batalhão de Choque e da Cavalaria. Após a desocupação do local, as famílias ficaram acampadas até a noite do dia 6 de novembro no Ginásio Municipal da cidade.
Representantes das
famílias pedem melhores condições de vida, de moradia e que seja
destinado um terreno para o assentamento. Desde que foram despejadas,
essas famílias sofrem com a falta de atendimento médico por não terem
endereços fixos, com ameaças do conselho tutelar de recolher seus filhos
e com a falta de mantimentos.
O
nome do assentamento “Ocupação Contestado” é uma referência aos cem
anos da Guerra do Contestado, que foi um movimento de insatisfação
popular diante da distribuição de terras e dos problemas sociais em
Santa Catarina, no início do século XX.
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