Quando as boas intenções não bastam
Inauguração da Pedra Fundamental 23/06/2012 |
O CASO
Em período pré-eleitoral a Fundação Hospitalar Oncológica Pediátrica de Santa Catarina foi contemplada com um terreno 4.200m² pela prefeitura de São José, a cerimônia de pedra fundamental contou com a presença do ex-prefeito Djalma Berger e candidatos a vereador.
Contudo, passado um ano a associação construiu apenas uma pequena sede. A lei de cessão do espaço (Lei Ordinária 5150/2011) previa que a obra deveria começar no prazo de 1 ano, mas o terreno foi cedido para: Art. 2º - A Concessão do direito real de uso se dá, exclusiva e obrigatoriamente, para a construção, instalação e funcionamento do Hospital Oncológico Pediátrico e da Casa de Apoio ao Hospital Oncológico Pediátrico.
A Sede da Fundação pode ser enquadrada neste objeto? Cabe, ressaltar que o presidente da Associação foi candidato a vereador apoiando o prefeito.
Até onde é possível chegar com boas intenções?
Contudo, passado um ano a associação construiu apenas uma pequena sede. A lei de cessão do espaço (Lei Ordinária 5150/2011) previa que a obra deveria começar no prazo de 1 ano, mas o terreno foi cedido para: Art. 2º - A Concessão do direito real de uso se dá, exclusiva e obrigatoriamente, para a construção, instalação e funcionamento do Hospital Oncológico Pediátrico e da Casa de Apoio ao Hospital Oncológico Pediátrico.
A Sede da Fundação pode ser enquadrada neste objeto? Cabe, ressaltar que o presidente da Associação foi candidato a vereador apoiando o prefeito.
Até onde é possível chegar com boas intenções?
A fundação saiu de uma ideia, talvez de uma decepção com o
sistema público de saúde.
O Projeto está quase concluído conforme o Arquiteto da Obra.
O Hospital não possui recursos para ser erguido, mas conforme o presidente da
fundação “um passo de cada vez”. Porém, logo em seguida ele fala que o
planejamento é essencial.
A ideia, conforme o Sr. Ademir, é viabilizar a construção do
projeto através de emendas parlamentares de deputados federais e depois
operacionalizar sua manutenção através de Organizações Sociais que prestarão
serviço para o setor público.
O atendimento será gratuito.
Os obstáculos parecem não abalar o Sr. Ademir. Para isso existe a determinação e a vontade de fazer uma sociedade melhor. Porém talvez seja necessário um pouco mais de cautela quando se trata de um projeto que custará pelo menos R$30 milhões para ser construído. Um valor similar em equipamentos. Além de um custo milionário de manutenção. Talvez essa seja a hora de resgatar o “planejamento” do qual falava seu Ademir.
Inauguração da Sede da Fundação 16/08/13 |
O idealizador falou que o hospital atuaria mais na
prevenção, o Arquiteto falou que o projeto previa tratamento intensivo. Na
verdade não há prevenção de câncer e sim diagnóstico, depois é necessário
tratamento, que pode ser mais ou menos invasivo ao ser humano (Angelina Jolie
fez prevenção de câncer, mas não é algo comum).
Esperamos que o Hospital do Câncer se torne uma realidade,
sem dúvida muitas vidas podem ser salvas. Mas se pensamos no bem público precisamos
ter cautela ao solicitar um terreno público. Já temos uma policlínica
inutilizável em Barreiros. E outras obras públicas poderiam tomar aquele
espaço.
Leia mais: http://www.pensarsaojose.com/2012/11/o-combate-ao-cancer-polemico-de-sao-jose.html
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