Quem tem medo da população?

O ano de 2013 tem se mostrado marcante para o País e para São José. 
Manifestantes em SJ fecharam diversas vias
As manifestações de Junho, que reverberaram por todo o país, inclusive em São José, deixaram claro que o povo queria mais participação na política. 
Mesmo que exista ainda muita fragmentação em torno das demandas, foi estabelecido que algumas coisas estão erradas e devem mudar. 
A decisão de receber grandes eventos não teve qualquer consulta da população. 
A eleição de Renan Calheiros como presidente do Senado voltou à tona como um soco na cara de cada cidadão

Quem paga os políticos?
Qual é o problema com Renan? Ele foi acusado de receber ajuda financeira de lobistas ligados a construtoras, que teriam pago despesas pessoais, como o aluguel de um apartamento e a pensão alimentícia de uma filha do senador com a jornalista mineira Mônica Veloso, saiba mais, aqui.
Receber dinheiro de construtoras e empreiteiras?
Em 2012 as grandes empreiteiras lideraram o financiamento das campanhas, a maior doadora foi a Andrade Gutierrez doou pouco mais de R$ 23 milhões, a segunda colocada foi a empreiteira OAS, que doou 21 milhões. Essas foram doações declaradas e legais (imaginamos que haja caixa 2). Ambas empreiteiras ganharam diversas licitações para fazer obras, em vários âmbitos de governo. Isso é legal, mas não deve ser considerado moral.
Na nossa cidade...
Em São José, o Plano Diretor de 1985, foi alterado em 2003 e foi constantemente alterado, sem grande consulta popular. Nesses últimos dez anos a população de São José aumentou em 33 mil habitantes e 71 mil veículos. 
Famílias desalojadas e promessa de terreno durante
 campanha. 

    Forquilhas e Forquilhinhas se tornaram verdadeiras cidades, sem planejamento nenhum, os serviços públicos se tornam cada vez mais precários. Do outro lado em Areias e Serraria aconteceu a mesma coisa. Na região central a verticalização de Campinas e Barreiros é um atentado direto a qualidade de vida de toda a população, porque o tráfego de veículos de grande parte da cidade passa por ali. 

Não é possível falar em alternativas, sem falar com a população. O problema é que a conversa com a população costuma ser uma pergunta rápida? 
O que você quer? 
Quem precisa vai responder; comida, dinheiro, consulta médica, exames.
E a classe política fica satisfeita, porque essa resposta dá um cheque em branco para que se faça o que for melhor, ou mais lucrativos nos assuntos que envolvem o longo prazo da sociedade. 
Mas agora a sociedade começa a dizer: Chega! E os políticos continuam a perguntar, mas o que vocês querem? Quando ouvem: saúde, educação, mobilidade urbana, eles não entendem. 
Esse grito de Chega quer dizer que será preciso recuperar o tempo perdido e rever antigas práticas, mesmo que essas práticas os tenham elegido em 2012.

Saiba um pouco sobre a lei de Mobilidade Urbana LEI Nº 12.587/2012


§ 1o  Em Municípios acima de 20.000 (vinte mil) habitantes e em todos os demais obrigados, na forma da lei, à elaboração do plano diretor, deverá ser elaborado o Plano de Mobilidade Urbana, integrado e compatível com os respectivos planos diretores ou neles inserido. 
§ 2o  Nos Municípios sem sistema de transporte público coletivo ou individual, o Plano de Mobilidade Urbana deverá ter o foco no transporte não motorizado e no planejamento da infraestrutura urbana destinada aos deslocamentos a pé e por bicicleta, de acordo com a legislação vigente. 
§ 3o  O Plano de Mobilidade Urbana deverá ser integrado ao plano diretor municipal, existente ou em elaboração, no prazo máximo de 3 (três) anos da vigência desta Lei. 
§ 4o  Os Municípios que não tenham elaborado o Plano de Mobilidade Urbana na data de promulgação desta Lei terão o prazo máximo de 3 (três) anos de sua vigência para elaborá-lo. Findo o prazo, ficam impedidos de receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana até que atendam à exigência desta Lei. 

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