R$70 milhões e nenhum culpado?
Em
abril de 2009 o sindicato dos servidores de São José teve acesso a um documento
no qual o Banco Central apontava irregularidades na São José previdência em 2008,
quando ela era presidida por Edilson Vieira. Este foi candidato no mesmo ano.
Conforme,
a Presidente do Sindicato dos Servidores de São José, na época o sindicato
solicitou audiência pública ao presidente da câmara Amauri dos Projetos, porém eles não
foram atendidos.
Em
2009 a presidência do sindicato solicitou ao novo presidente da Fundação, Telmo
Padilha, mas não houve resposta aos pedidos de audiência. Hoje se sabe que houve
uma auditoria externa em 2009, a qual apontava irregularidades.
Naturalmente
os servidores continuaram preocupados. Em 2011 solicitaram audiência ao presidente
da São José Previdência, que no momento era presidida por Matson Cé. Conforme a
Jumeri (Presidente do Sindicato dos Servidores) o mesmo falou que não havia
motivo para preocupação, que as contas estavam em dia, logo em seguida estourou
o escândalo com um relatório do Tribunal de Contas.
A
auditoria de 2009 já havia apontado irregularidades, porém o governo de Djalma
Berger não fez nada, inclusive o procurador do município teve acesso ao mesmo,
conforme o relatório.
Como o poder público pode saber de irregularidades na gestão do recurso de seus servidores e nada fazer?Como o Presidente, que tinha completo acesso aos documentos da auditoria não fez nada?
Após
tudo isso, instalou-se CPI na câmara, contudo, apontadas as irregularidades o Ministério
Público se julgou incompetente para analisar e encaminhou para a polícia Federal.
Mesmo
após a conclusão da CPI o dinheiro dos servidores continuou a ser aplicado de
forma negligente e com improbidade administrativa.
A
gestão atual afirma que está controlando os recursos com precisão cirúrgica e
sendo acompanhada pelo Ministério da Previdência.
De
qualquer forma, a transparência na aplicação dos recursos ainda é precária e a gestão participativa inexistente. Os servidores não podem ficar tranquilos.
Não
há como afirmar que houve apenas despreparo. Houve CRIME, é inegável, CRIME que
deve ser apurado e os responsáveis condenados, quantos forem.
Para
se ter ideia, em 2010 a Gestão da Previdência decidiu investir mais de R$31
milhões em um fundo que havia sido criado há apenas 1 mês. Como alguém pode
cometer tamanha irresponsabilidade?
Em
2011 mesmo com apontamentos do Ministério da Previdência de que os investimentos estavam irregulares,
conforme os padrões das normas do Banco Central, a gestão continuou a investir
irregularmente, sob a presidência de Agostinho
Pauli. Foram aportados mais R$10 milhões. Esse aporte completamente irregular fez com que a prefeitura de São José ficasse em situação irregular perante o Governo Federal o que inviabiliza o recebimento de repasses.
Veja o debate sobre o assunto:
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