Qual São José Queremos?
Rafael Melo |
Por: Rafael Melo
São José é um município tomado pela corrupção, pela falta de
ética e do bom senso.
Quando jogamos uma bola no meio
de crianças de 6 anos, normalmente todas correm na bola, obcecadas, querendo dar
o seu chute, pouco importa se vão atropelar seus amigos, machucar os outros, ou
o próprio risco que elas correm...
Nossa cidade é assim, a
Construção Civil cresce sem critério, é predatória, constroem a rodo... Não
importa se o esgoto vai para o mar, se a via não comporta mais veículos, se a
localidade não possui transporte de massa.
A lógica é essa: construir, especular,
lucrar. O poder público que se vire com as consequências disso, mesmo que custe
caro a população.
Moro em Barreiros sede, resolvi
contar os novos empreendimentos e ao todo tem 25 prédios em construção, 16
andares a média e 8 apartamentos por andar, numa conta simples, 3200
apartamentos, cerca de 10 mil habitantes e toda a demanda que isso significa em
relação a locomoção, veículos na via, esgoto, lixo, escolas, saúde, etc.
A Avenida Leoberto Legal, gargalo
disso tudo num raio de pouco mais de um quilômetro que tem pelo menos 6 horas
diárias de trânsito lento ou mesmo parado.
Atualmente a região tem cerca de
20mil habitantes, imagina como será a qualidade de vida das pessoas com o
impacto destes empreendimentos.
A pequenina área de lazer que era
a praça do Barreiros, poderia ser um alívio em meio a tudo isso. Contudo a antiga gestão 75% da área para virar
um novo empreendimento sob o argumento de recebermos uma policlínica que é
menor que o posto de saúde do Bela Vista.
A policlínica não ficou pronta e as
irregularidades se somam. A população assiste estarrecida!
E o poder público? Se não houve
corrupção, houve no mínimo conivência!
Tive acesso ao contrato de permuta da policlínica, e em poucas palavras
a construtora não cumpriu sua parte, a prefeitura tem o direito de reincidir
unilateralmente, mas não faz nada.
Os buracos nas vias: houve
licitação, tem contrato, um engenheiro assinou, tem memorial descritivo, e as
vias foram literalmente pavimentadas com um “farelo” preto, muito diferente do
contratado.
A prefeita como “síndica” do
município deveria entrar na justiça, exigir serviço bem feito, cobrar
literalmente o contrato, mas falta coragem!
Afinal, foram as empreiteiras que
financiaram boa parte de sua campanha.
O bolo é dividido em detrimento das necessidades da população. |
Os vereadores fiscalizam muito
pouco, alguns já receberam seu preço, ocuparam secretarias ou nomearam
apadrinhados para isso e a função de fiscalizar o executivo, obras e serviços
morreram assim que assumiram suas pastas ou sua “fatia” do bolo.
Enquanto isso, nós população, somos saqueados, perdemos nossas áreas de
lazer, o dinheiro da previdência, nossas vias são entupidas, sucatearam nossas
escolas, entupiram um sistema falho de saúde e nos deixam a margem à custa do
enriquecimento de poucos.
Nos cabe além de reclamar, agir,
expor, denunciar, fiscalizar. Se ficou assim, foi também porque deixamos! Nos cabe tomar as rédeas da cidade e
construir um município novo! Você topa?
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